Esse cara não sou eu!
Por Gutierres Fernandes Siqueira
A história de Lutero é inspiradora. Ainda no início de minha fé tive a oportunidade de ler um livro sobre a história do cristianismo e a vida de Lutero era um dos destaques. Com o tempo tive um envolvimento com a atividade apologética e, na ânsia de consertar o mundo, pensava que seria um reformador como Lutero. Mas, graças a Deus, eu cresci e acordei do instinto revolucionário.
01. Não, eu não serei o próximo reformador do cristianismo. Nem eu e nem você, meu caro leitor. A nossa contribuição é pequena, local e limitada no tempo. Ora, pode ser grande, global e ilimitada? Sim, todavia, o primeiro cenário talvez seja o mais provável.
02. Lutero queria ser ouvido pela hierarquia romana, mas não tinha a intenção de acabar com a Igreja Católica. Ele, na verdade, foi expulso. Lutero sabia apontar o erro sem jogar fora todo o bebê com a água suja (perdoem-me pelo clichê). É certo apontar os problemas da Igreja Evangélica, mas será que muitas vezes não estamos viciados na crítica em si? Será que há somente problemas na Igreja Evangélica? Será que não cometemos o mesmo erro natural da velhice ao ver o passado com um idealismo irreal? Será que somos profetas com a síndrome de Elias, pois achamos que somos as únicas vozes de Deus na terra? A Igreja está doente? Sim, talvez, mas não está morta.