Aqui o link do vídeo da despedida dos soldados.
Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
1 Tessalonicenses 4:13-14
Hoje, assistindo logo pela manhã a despedida de soldados neozelandeses mortos no Afeganistão, onde todo um regimento de infantaria se despede entoando e coreografando o canto maori, o HAKA, com movimentos vigorosos e caretas, me contive ante a carga de emoções do evento. Percorri depois alguns vídeos no youtube e pude ver que é costume se despedirem daquela forma, onde vi colegas de escola se despedirem de jovens, famílias se despedindo de pais, irmãos, primos e aí meu sentimento mudou. Fiquei feliz em ver que a dor é colocada para fora, que o sentimento de perda não é guardado, estocado e velado durante anos.
Minha avó partiu em 2009, mas antes de ir, ligou para sobrinhos, filhos, netos e se despediu com uma doce conversa, que os dias dela estavam findando e que o Senhor havia lhe dito que partiria em breve. Em especial, ligou para um sobrinho, da cidade de Ribeirão das Neves, e enquanto ela lhe dizia acerca de sus partida, esse sobrinho lhe retrucava, “não, Tia Conceição, o que é isso… sinto saudades de tio João também…”. E enquanto ele falava, um de seus fornecedores (ele tem uma loja de móveis) o interpelou, perguntando com quem ele falava, e ele, tampando o fone com a mão, respondeu que era com sua tia que há muito não via, o outro insiste, “mas você falou Tio João, Tia Conceição”, ele, “Sim, meus tios de São Pedro dos Ferros, uai!”. Ao ouvir isso, o fornecedor toma o telefone de suas mãos e diz,