
Gravura de Daniele da Volterra
Por Reverendo Digão através do Genizah
Quando nos deparamos com personagens da Bíblia, geralmente os idealizamos. Achamos que os homens e as mulheres ali retratados, via de regra, eram pessoas extremamente perfeitas. Não temiam, não brincavam, não riam. Enfim, não faziam essas mundanidades que nós, pobres e podres seres mortais do presente tempo, fazemos, meio com culpa. Nos esquecemos que Davi pede perdão por seu pecado horroroso nos Salmos 32 e 51, que Moisés perdeu a paciência em Nm 20.7-13, que Paulo e Pedro tiveram um entrevero em Gl 2.11-18. Isso sem contar o profeta Jonas, que foi um desastre, ao menos aos olhos humanos.
Mas há um personagem do AT que aprecio muito. Era um sujeito que, conforme nos diz Tiago 5.17, tinha as mesmas paixões e mundanices que temos. Tinha raiva, tinha tristeza. Devido a momentos depressivos que passei, e que de vez em quando ainda passo, saltou-me aos olhos sua grande crise na caverna em I Rs 19, e como teve a audácia de argumentar com Deus. Como se diz na minha terra, magina só, minino!
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