Rômulo Monteiro professor da Escola Charles Spurgeon, escreve na Revista Teológica "Teologia Brasileira"
23/04/2012 16:34:22
1. INTRODUÇÃO
No dia 18 de julho de 2008 estreava a continuação de Batman Begins (2005), Batman – Cavaleiro das Trevas (doravante, BCT). Sem dúvida, um dos grandes sucessos do cinema americano dos últimos anos. Nessa introdução queremos evidenciar dados incontestáveis que nos fazem concluir que BCT é uma obra que não somente merece ser avaliada como também é uma fonte apropriada de entendimento do nosso zeitgeist (espírito da época).
Em primeiro lugar, a aceitação da massa. BCT foi o terceiro filme mais rentável de todos os tempos.1 Pressupondo que a relação entre filme e sociedade é de natureza retroalimentativa, a aceitação da massa revela muito dela mesma bem como revela a influência da obra no povo. É fato que em 2008 Batman já tinha noventa e nove anos. Pode-se, portanto, implicar que Morcego teve tempo suficiente para criar várias gerações de fãs. Daí a razão de sua aceitação, pode-se sugerir. Mas trata-se de um grande engano explicar a aceitação de BCT somente pelo histórico do seu herói. Os parágrafos seguintes elucidarão a questão.